O Brasil possui uma boa parte de toda biodiversidade mundial, porem toda essa biodiversidade está ameaça pela perda de habitats, por causa da mudança no uso de solo que causa a fragmentação territorial, ocasionados pela expansão urbana, agro pecuária, desmatamento entre outras questões relacionadas ao uso e ocupação de solo.
Entre os biomas brasileiros mais ameaçados, está o bioma Cerrado também conhecido como Savana, possui um componente herbáceo dispersos e continuo. É o segundo maior bioma brasileiro, cobrindo cerca de 23% do território brasileiro dos quais metade, 50% se tornaram áreas de agricultura e pecuária nos anos de 1960 a 1970. É um dos mais vulneráveis.
O cerrado possui uma formação intermediária entre uma floresta e um campo.
As espécies que compõe o domínio do cerrado evoluíram se adaptando para superar as dificuldades impostas pelo tipo de clima, de solo e também pelo fogo. O Cerrado é um hotspots de biodiversidade – ou seja, é uma área com vasta e extensa riqueza de espécies, que estão sujeitas a perda rápida de seus habitats.
Além de serem ameaçadas pela perda e a degradação dos habitats, as espécies enfrentam uma grande ameaça pela sua sobrevivência, as mudanças climáticas.
Com as frequentes mudanças e variações climáticas, os impactos são cada vez maiores coadunados com as mudanças nas temperaturas, tornando o clima do cerrado cada vez mais sazonais, ou seja, um período maior na estação da seca, impactando diretamente os ciclos biogeoquímicos dos ecossistemas.
Os impactos não só atingem a biodiversidade do cerrado, afugentando espécies típicas para outros lugares, bem como a migração para lugares propício a boa qualidade vida, a um nicho climático apropriado, corredores verdes, como as florestas e matas onde possam transitar e se abrigar, criando assim expectativas de uma nova readaptação ao novo espaço natural, também aos agricultores e pecuaristas da região, com o extenso clima seco, menor período chuvoso, desmatamento, o rápido empobrecimento do solo culminam para um desfecho cada vez pior, gerando assim resultados expressivos na agropecuária, economia, meio ambiente e na saúde. Não obstante o cerrado carece de legislação própria, tornando assim vulnerável a ações delituosas ao meio ambiente.
No entanto vemos que o acordo de Paris, a declaração de Nova York sobre as florestas, o protocolo de Kyoto, a metas de Aichi, estão falhando, os tratados internacionais sobre meio ambiente estão cada vez mais sendo encarados com leniência bem como motivos de cizânias com as demais ações globais e locais.
Devemos lembrar que o aumento da temperatura do planeta na ordem de 1,5 graus celsius pode desestabilizar um complexo ecossistema, podendo levar a um ciclo irreversível de degradações no cerrado, podendo afetar de forma mais severa um sistema global alimentício. Devemos buscar formas e meios sustentáveis para agricultura, pecuária e uso e manejo de solo, bem como efetivar em todos os meios a educação ambiental, buscar cumprir os acordos, dos trata dos internacionais e empreender ações fiscalizadoras e de monitoramento ambiental.
Yuri Gonçalves Vieira
Gestor Ambiental.
Anápolis – Goiás
+55 (62) 99370-8276
E-mail: yuri_gonvi@hotmail.com