Por SIRLEY ORDONIS.
Conheci esse material em 2005. Sem saber do que se tratava. Estou em Caraguatatuba há vinte anos e aqui os pescadores utilizavam para fazer redes, por ser um material super resistente (hoje não mais, pois também é altamente poluente).
Porém, não sabiam o que era, de onde vinha, quem doava, nome, nada. E através da SUTACO (Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades do Estado de São Paulo), tive contato a primeira vez com o material.
Começa aí minha pesquisa, aproveitando sobras de pescadores. Mas, minha tese foi caminhando, chegando ao mundo todo através de clientes a engenheiros ambientais, professores, programas de TV, rede de lojas sustentáveis, publicações em jornais e revistas e já não bastavam mais as sobras. Era necessário um fornecimento estável. Passando por raros sucateiros que tinham esse material, foram quatro anos até ter acesso a uma grande indústria, fabricante de pneus, que me fornece esse material. É um material novo, porém com problemas no controle de qualidade, não podendo ser utilizado na produção do pneu, comprometendo a segurança. Então, pior ainda, pois o material é novo. Muito controlado na saída da indústria. Não existe reciclagem.
Sou muito grata a tudo isso. Hoje, ministro palestras específicas em escolas e institutos, escrevo coluna em jornal sobre empreendedorismo sustentável; conquistei certificações do SEBRAE, reconhecimento do poder público, e principalmente, posso divulgar meu trabalho para uma conscientização ambiental. Vale ressaltar que hoje é minha única fonte de renda.
Logística até dez\2020.
Desde 2005, foram utilizados 3.288 quilos desse material que seria descartado. Produção – 5.040 bolsas, 9.600 peças e acessórios. Todo trabalho é artesanal, técnica e processo desenvolvido por mim. Registro de direitos autorais sobre a técnica.
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