Segundo o estudo, material é mais barato e tem mais eficiência do que os que são usados atualmente. De acordo com o pesquisador, baterias que duram um dia poderiam durar até quatro dias.

Por Vitor Santana, G1 GO –  

Uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) descobriu uma forma de economizar energia em celulares e TVs de LED. Um composto químico é capaz de aumentar de 20% para 75,4% a eficiência das telas. Como isso, seria possível uma redução nas contas de energia e aumento na duração da bateria dos dispositivos. O projeto começou por acidente, após resultados de outra pesquisa.

De acordo com o professor e orientador da pesquisa, Felipe Terra Martins, atualmente, é usado o nitreto de gálio e irídio ou compostos à base de irídio nas telas. Do total de energia consumida, apenas 20% são usados na emissão de luz. O restante é perdido em forma de calor.

A pesquisa descobriu que, usando um composto químico à base de moléculas ligadas ao elemento químico cádmio, 75,4% da energia é usada na emissão de luz. “Tudo isso começou como um acidente em uma outra pesquisa para tentar melhorar raio laser, mas não conseguimos porque precisavam de características muito específicas. Porém, vimos a propriedade de transformação em luz de um deles e ficamos surpresos com o resultado”, disse Martins.

Pesquisa-UFG baterias de celular vida mais longa - Revista Fórum Brasil de Gestão Ambiental
Cargas de baterias de celulares poderão durar até quatro vezes mais. Foto: Felipe Terra Martins/Arquivo Pessoal

Com isso, de acordo com o pesquisador, baterias que duram um dia poderiam ter a duração de até quatro dias. Outra vantagem da utilização desse composto é que sua produção é cerca de dez vezes mais barata, pois não usa o irídio, metal raro e que está cada vez mais escasso.

“O grama do irídio custa 19 dólares, enquanto o do cádmio custa 0,20 dólares e não é tão escasso”, disse.

A pesquisa foi publicada em uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a Journal of the American of Chemical Society.

Agora, os pesquisadores entraram em contato com uma empresa, que ajudou a patentear o composto e a pesquisa e, agora, ajuda a desenvolver os LEDs já com maior eficiência.

Artigo fonte: G1

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