Alguns meses atrás me deparei com a questão que intitula este breve artigo durante apresentação/teaser de um curso on-line sobre Economia Circular embasado pelo pensamento Cradle to Cradle (do berço ao berço).
Tomei uma pancada logo de cara.
Naquele mesmo dia havia recebido sessenta “maravilhosas e ecológicas camisetas PET” para usar no dia a dia e promover conceitos que tenho buscado valorizar. E qual foi o primeiro caso de insucesso apontado pelas minhas futuras professoras?
Exato… as benditas (malditas?!?) das maravilhosas camisetas PET.
Mas vamos lá: por que as camisetas PET são um erro se, aparentemente, estamos eliminando garrafas plásticas que poderiam causar os danos que já conhecemos? O bacana é que a resposta é óbvia: porque não realizamos a quantidade ideal de loops para a questão E DEPOIS?? e/ou também não atingimos as necessárias respostas qualitativas que já somos capazes de obter.
É legal pegar a falha de design de um produto simples como este, pois facilita a exposição de dois ciclos de produção que precisam estar bem claros em nossas mentes para evitarmos dificuldades e confusões ainda maiores pela frente:
- Ciclo Biológico/biosfera
- Ciclo Técnico/tecnosfera
Neste nosso estudo de caso o que fizemos foi criar um material híbrido que une um nutriente biológico como o algodão com tempo de decomposição de menos de meio ano com um nutriente técnico que ficará umas 900 vezes mais tempo circulando por nós sem qualquer chance de enriquecer a natureza da qual fazemos parte.
Parece perturbador ter que
pensar e questionar tanto, mas é o que temos para hoje e para amanhã.
Leonardo Celli Coelho, Administrador de Empresas (UFLA/MG), empresário do setor
de eventos, energia renovável e eletromobilidade, recém associado ao clube dos
“enta”, casado, pai de 3 cães e 1 papagaio, morador de Jaguariúna,
entusiasta e usuário de soluções sustentáveis como veículos elétricos,
biodigestor e posto solar.