Feito por: Comunicação sem Fronteiras
A prática ganha respaldo até na construção civil, que oferece uma série de produtos sustentáveis para obras, desde as maiores até as pequenas reformas
O consumo sustentável tem ganhado espaço em todo o mundo e atinge diversos setores econômicos, desde a alimentação e vestuário, até a geração de energia elétrica, um grande desafio no Brasil. Isso porque a demanda por energia no país é alta e deve crescer uma média de 2,5% ao ano pelos próximos dois anos, conforme previsão do relatório “Electricity 2024 – Analysis and forecast to 2026”, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Contudo, um fato positivo é que os consumidores estão aderindo cada vez mais ao consumo ambientalmente consciente e estão dispostos a investir mais, por entender a relação custo-benefício. Em estudo recente da NielsenIQ, 78% dos consumidores dos EUA disseram que um estilo de vida sustentável é importante para eles.
Um dos setores que tem se movimentado para oferecer opções sustentáveis e viáveis economicamente para a população é a indústria de materiais de construção. O segmento, segundo Raphael Monteiro, gerente de Compras da rede de lojas Irmãos Soares, uma das maiores do setor em Goiás, oferece uma diversidade de materiais que fazer a diferença para o meio ambiente e são simples para instalação tanto em grandes, quanto em pequenas obras, sem ter um custo que inviabiliza a escolha. Segundo ele, a empresa já percebe uma alta na procura por esses materiais sustentáveis na loja.
“Hoje indústrias estão cada vez mais engajadas no tema da sustentabilidade e buscam agregar aos seus produtos tecnologias que contribuam para a preservação do meio ambiente, seja na produção ou componentes do produto como, por exemplo, as embalagens ecológicas. Nos últimos anos vem surgindo cada vez mais tecnologias que buscam essa sustentabilidade, como é o caso da própria telha fotovoltaica e da construção a seco, que ano após ano vem aumentando sua participação na construção civil. Soluções como essas ajudam não somente na preservação do meio ambiente, mas também na agilidade e qualidade da obra”, destaca o gerente de compras.
Uma das novidades, a telha fotovoltaica de fibrocimento ou de concreto é patenteada no Brasil pela Eternit e distribuída para mais de 20 países. Em Goiás, ela é comercializada com exclusividade pelas lojas Irmãos Soares, que tem como diferencial a oferta da solução completa, incluindo a instalação, projeto e homologação do projeto junto à distribuidora de energia elétrica local, assim como precisa ser feito com os painéis fotovoltaicos.
O engenheiro eletricista e supervisor comercial Fotovoltaico do Grupo Eternit S/A, Fernando Honorio Silva, explica que o produto é similar em termos de tecnologia aos painéis fotovoltaicos tradicionais. “As telhas usam as mesmas células de silício monocristalino dos painéis solares, que conseguem transformar a luz solar em energia, mas oferecem alguns benefícios, como a instalação única, que realiza tanto a cobertura, quanto a captação da luz solar. Isso otimiza todo o processo, gerando economia com instalação, mão de obra e tempo. Além disso, ela não sobrecarrega o peso da estrutura, pois é somente um elemento, e se encaixa no design arquitetônico de uma maneira mais facilitada”, esclarece.
Outro benefício, segundo o engenheiro, é de não haver necessidade de intervenções e adaptações no telhado, como ocorre com a colocação posterior de placas em coberturas já existentes. “Não raras vezes são necessários furos ou outras intervenções que podem comprometer a estrutura instalada, causando até patologias na cobertura. Com a telha fotovoltaica, não temos esse risco”, completa ele.
Segundo ele, o benefício da economia de energia é muito vantajoso e uma família média brasileira pode conseguir gerar toda a energia necessária para seu consumo com as telhas. “Pensando em uma casa brasileira com média de consumo nacional, que é entre 150 e 200 kw hora/mês, uma média de 10 a 12 telhas de fibrocimento ou em torno de 140 telhas de concreto, ocupando uma área de 20 a 25 m² de telhado, já seriam suficientes para gerar a energia necessária”, exemplifica. Contudo, o especialista destaca que o benefício ao meio ambiente tem um valor que não pode ser mensurado e que está sendo cada vez mais valorizado pela população.