Por Luiz Fernando de Araújo Bueno, Administrador de Empresas, Professor da FGV, Diretor Titular do Departamento de Sustentabilidade do CIESP – Diretoria Regional de Campinas, Diretor Adjunto do Núcleo de Responsabilidade Social do CIESP Estadual – NRS, membro do Comitê de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de SP = CORES, articulista, consultor e palestrante.

Inicio este texto com uma frase tirada do livro “Reflexões para O despertar da Consciência Ética” do prof. Vanderlei de Barros Rosa:

“Afinal, o que é Ética? Ética é algo que todos precisam ter. Alguns dizem que têm. Poucos levam a sério. Ninguém cumpre à risca.”

Hoje em dia, sem menor esforço, podemos observar a quantidade de notícias de escândalos envolvendo as esferas públicas e privadas, em nível mundial.

A impressão que temos é a de que existem presentes três situações, a saber:

Há o segmento historicamente manipulável da sociedade que, pela ignorância do que seja ética e de como agir de forma ética, aceita tudo o que lhe é apresentado como bom e devido.

A outra categoria, muito embora não ignore a definição de conduta ética, no seu dia a dia pratica o “levar vantagem em tudo”, também conhecido como “Ganha perde”.

No meio dessas duas categorias se encontram aqueles que são sensíveis ao tema e procuram, a duras penas, levar a vida pautada pelos princípios éticos.

A sensação que fica é que esta é a que tem menos acólitos, não?

Para entender um pouco do que se passa, vale recordar a teoria sobre ética e em seguida fazer um diagnóstico do que está ocorrendo e propor uma ação.

Vamos juntos nesse exercício?

Segundo o Professor do FGV Severo Hryniewicz, a Ética propõe-se a responder à pergunta:

Como o homem deve agir para realizar o bem?

Sob esse ponto de vista, podemos falar em quatro grandes linhas da ética:

  1. Éticas da virtude;
  2. Éticas do interesse ou utilitarismo;
  3. Éticas do dever;
  4. Éticas de situação ou relativismo.

As éticas das virtudes assentam-se na tese de que o intelecto deve afirmar-se sobre as paixões, os desejos e os instintos.

Aristóteles partia da observação de que todos os seres viventes aspiram à plenitude.

O homem ético é o que consegue ou que possui a justa medida. Ele não cometerá erros nem por excesso nem por falta; procurará atingir a constância na prática de ações boas ou virtuosas (vide Ética a Nicômaco).

O princípio da utilidade formula-se como uma ação que é útil, justa e, consequentemente ética quando traz mais felicidade do que sofrimento aqueles que são por ela atingidos.

As éticas do dever defendem a tese de que devemos sempre agir com o objetivo de cumprir o dever moral, mesmo que isso possa custar muito para aquele que o cumpre.

Já as éticas de situação ou relativistas propõem a tese de que a ideia de bem varia de acordo como tempo e a situação.

Também menciono, para nossa reflexão a ética socrática que reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, a filosofia de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do coletivo sobre a ética do individual.

Dito isso fica aqui a indagação: Por que temos hoje esse quadro de falência total das instituições do ponto de vista ético? O que podemos fazer para mudar essa terrível realidade?

Pela minha leitura, por uma causa que também se traduz por uma palavra de poucas letras, a exemplo da ética, é via EDUCAÇÃO, Educação em valores!

Esse é o único caminho para mudar esse status quo.

A academia esta hoje disponibilizando ao mercado, profissionais que foram capacitados para se dar bem na vida, custe o que custar.

Sabedores que somos de que os empresários não possuem competência para mudar os valores dos seus colaboradores, que formação do caráter ocorre basicamente até os sete anos, com responsabilidade direta pelas Secretarias Municipais de Educação e da constatação que, de dez jovens demitidos do trabalho, nove são demitidos por questões de conduta, ou seja de valores, o  CIESP Campinas fez uma pesquisa junto as secretarias de educação de sua macro região e Região Metropolitana de Campinas, visando conhecer os projetos pedagógicos com base nas diretrizes do MEC.

Nas respostas recebidas, não foram encontrados conteúdos com estruturas que permitissem demonstrar que a formação dos valores estava contemplada nestes projetos, e sim menções leves sobre valores, o que gera grande preocupação sobre o futuro da próximas lideranças empresariais e consequentemente  o futuro da  educação para a sustentabilidade, que nada mais é que falar de “valores, segundo apregoa o Professor Carlos Sebastião Andriani.

Assim sendo O CIESP Campinas  lançou , o Fórum Permanente para discussão da educação em Valores, visando divulgar as boas propostas e gerar reconhecimento publico.

Esse  fórum terá seus encontros na Vila Antiga, por ser um Centro de formação de professores para a formação do valores humanos , mantendo no CIESP Campinas a sua liderança, apoio e responsabilidade.

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