Texto: Edson Lara e Rogério Andrade
Na última segunda feira (07/03/2022) ficamos bastante preocupados com a divulgação de
um levantamento sobre a qualidade da água consumida pela população de todo o país
(https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/mapa-da-agua-agua-da-torneira-foi-
contaminada-com-produtos-quimicos-e-radioativos-em-763-cidades/).
Nesta publicação, foi divulgado que em muitas regiões do país, a água distribuída para a
população está contaminada ou imprópria para o consumo humano, e neste momento nos
questionamos: Afinal, como nós consumidores poderíamos garantir a qualidade da água que
utilizamos? Como identificamos uma boa qualidade da água que compramos / consumimos?
Reconheço um “Selo” de segurança, qualidade ou conformidade da água? Estas e outras
dúvidas são muito comuns e nem sempre temos uma resposta clara.
Somado à publicação do “Mapa da Água”, no último dia 25 de fevereiro de 2022, o Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) assinou o “Novo Marco
Regulatório” da avaliação da conformidade de produtos e serviços, buscando incentivar a
inovação na indústria, mas também influenciar os hábitos de consumo da população, de
forma a ficarem mais atentos à qualidade dos produtos e serviços que adquirem.
Estas iniciativas não terão valor algum se não produzirem resultados práticos na segurança,
proteção da vida, à saúde e ao meio ambiente e em especial, prevenir “Práticas
Fraudulentas e Enganosas”.
Sendo assim, é importante e necessário a conscientização dos fabricantes, importadores e
distribuidores de produtos e prestadores de serviços frente às suas responsabilidades,
garantindo a qualidade e segurança dos seus produtos e serviços, mas também, que o
consumidor desperte para o entendimento do “Consumo Inteligente e responsável dos
Produtos e Serviços”, não esperando simplesmente pelo bom senso de terceiros ou
confiando na ação de órgãos de fiscalização e controle, assumindo o protagonismo na
defesa dos seus interesses.
Grande parte de nós brasileiros apresenta um comportamento do tipo: “Se não me
cobraram, ou não me exigiram ainda, então não faço!”, “Não está escrito em lugar nenhum
que sou obrigado a fazer!” ou até mesmo “Ninguém vai fiscalizar ou certificar se estou
fazendo mesmo…” enquanto estas e outras posturas não forem revistas, continuaremos a
ser pegos de surpresa e mesmo ficar escandalizados com notícias como a de que a
qualidade da água que bebemos está imprópria para o consumo.
Se desejarmos consumir produtos e serviços que valorizam o consumidor não podemos
enfrentar o “NOVO” com espírito “VELHO”, pois isto produzirá os mesmos resultados que
obtivemos até aqui.
Assim, nos resta uma última pergunta: “Até quando vamos aceitar o consumo de produtos e
serviços sem as garantias mínimas de qualidade?”
Os mecanismos existem e são continuamente aperfeiçoados, e só falta a nós, enquanto
consumidores, nos conscientizarmos da importância de “CONHECER PARA NÃO
SOFRER”, mudando nossos hábitos de consumo e sabendo reconhecer as características
de qualidade e confiabilidade dos produtos e serviços que consumimos.