Há 34 anos, o Rio Jundiaí começava a receber ações para o processo de despoluição com a criação do então Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí (CERJU).

Em 2017, passou pelo processo de reclassificação e mudou da classe 4 para a 3, o que resultou em um rio mais saudável e habitável para os peixes. De lá para cá, várias ações têm sido feitas para que esta classificação continue mudando para fazer do rio um dos melhores do Estado.

O diretor de Manancias da DAE Jundiaí, Martim Ribeiro, diz que a fiscalização será um dos principais pontos para manter e melhorar esta qualidade. “Temos que atuar de forma preventiva na fiscalização e manutenção de possíveis fontes poluidoras, mas também que pensemos o rio Jundiaí de forma integrada e contextualizada em uma bacia hidrográfica. Isso exige o engajamento de todos os municípios por onde ele passa. A preservação de um corpo hídrico deve ser plural”, espera.

Foto: Tribuna de Jundiaí

Ele lembra que o CERJU foi um passo fundamental para a despoluição do rio, com a construção de interceptores, emissários, redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgoto (em Jundiaí são três, nos bairros Jardim Novo Horizonte, São José e Fernandes), que permitiram a coleta, o afastamento e o tratamento de esgotos domésticos e industriais, até então lançados in natura no rio.

“Para termos um rio ainda melhor, é necessário que pensemos neste importante curso d’água em um contexto de bacia hidrográfica. Em outras palavras, de nada adianta um município tomar medidas para despoluir o rio, se em outros trechos os demais municípios não têm programas efetivos para um sistema de esgotamento sanitário”, explica Ribeiro.

“Um curso hídrico passa por diversos municípios e todos têm de trabalhar de forma integrada e ter os mesmos objetivos na preservação da qualidade das águas. Se não atuarem de forma conjunta, os resultados não serão alcançados”, afirma o diretor

O rio Jundiaí atravessa as cidades de Mariporã, Atibaia, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto.

Despoluição

Pensar em despoluição é também pensar em ações e projetos para que esgoto da cidade não chegue às águas do rio. E este tem sido o trabalho da Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ).

A coordenadora do laboratório da unidade, Agnes Janaina Tezotto Gutierrez, lembra que a data reforça a importância do rio para a região e enaltece os esforços empregados na sua despoluição.

Foto: Tribuna de Jundiaí

“O trabalho no pelo município tem sido efetivo. No laboratório da CSJ, são feitas análises mensais para os parâmetros de demandas bioquímica de oxigênio, oxigênio dissolvido, turbidez e nutrientes. As coletas são realizadas antes e depois da CSJ, para que possamos entender também os efeitos da contribuição do esgoto tratado sobre o rio”, explica.

Na prática, com os ensaios de oxigênio dissolvido, é possível saber se existe oxigênio disponível para a vida aquática. “Isso nos possibilita entender mais sobre o rio e é o que nos indica, por exemplo, a possibilidade de existência de peixes em determinado trecho.”

O laboratório da CSJ também é responsável por monitorar o esgoto que entra e que é tratado pela Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ). “Isso agiliza a tomada de decisão e garante a confiabilidade dos serviços que prestamos à cidade de Jundiaí”, explica Agnes.

A CSJ construiu a Estação de Tratamento de Esgotos de Jundiaí (ETEJ), com o objetivo de tratar todo o esgoto do município. A meta foi atingida e hoje todo o esgoto coletado pela DAE S/A recebe tratamento e destinação adequados, garantindo um saneamento de qualidade e respeitando o meio ambiente.
A própria construção da estação ajudou a remover grande parte da poluição que era descartada no rio.

Projeto vai plantar 60 mudas de Ipê na beira do rio Jundiaí

Uma exposição dos trabalhos vencedores do Concurso de Ideais do Vale do Rio Jundiaí está aberta na Biblioteca Professor Nelson Foot, no Complexo Argos.

A DAE e a Prefeitura de Jundiaí, em parceria com os Rotary Clubs Jundiaí e Serra do Japy, promovem, no próximo sábado (28), mais uma edição do projeto ‘Borda do Rio’. A meta é fazer o plantio de 60 mudas de Ipê, na margem esquerda do rio Jundiaí.

O projeto ocorrerá na avenida Antonio Frederico Ozanan, altura do número 1.240, e terá início às 9h30, com hasteamento da Bandeira e Hino Nacional. Às 10 horas, começa o plantio.Criado em 2007, o ‘Borda no Rio’ já plantou, ao longo de 22 anos, mais de 500 árvores às margens do rio Jundiaí.

“Visitei recentemente as áreas de plantio, onde temos um belíssimo bosque na marginal do rio Jundiaí. A DAE, além de fornecer o suporte na fase de plantio, tem feito a manutenção das áreas, desde a irrigação até a preservação das árvores após seu crescimento”, destaca o presidente do Rotary Club Jundiaí, Roque Zanatta.

Fonte: Jornal de Jundiaí

Por: Simone de Oliveira | 26/09/2019 | 06:00

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