“Pandemia pode nos ensinar a enfrentar a verdadeira emergência de longo prazo: o clima!”
Por Khetlin Taborda
Era setembro de 2019, em Wuhan na China, quando os primeiros alardes sobre o COVID-19 começaram. Vimos o MUNDO INTEIRO se isolar, vimos os pedidos para que não houvesse aglomerações, adiamentos de shows, eventos e outros grandes e pequenos acontecimentos. Estamos vendo a humanidade se redescobrir e criando novas formas para seguir ou ao menos tentar manter uma rotina, que foi totalmente modificada.
Mas as modificações menos notadas, e de extrema importância, que vieram com toda as mudanças e com os últimos acontecimentos, são as mudanças climáticas e alguns impactos ambientais.
Com o isolamento social, o número de carros nas ruas caiu drasticamente, de maneira que é possível saber da positiva implicação que tivemos no clima. Na terça-feira (15/04) foi possível ver o compartilhamento em massa de imagens do pôr-do-sol das grandes cidades e metrópoles, nas redes sociais. Um céu limpo e uma despedida de uma tarde de sol radiante com cores vibrantes e vivas. Não é apenas a visível diminuição na poluição do ar que foram notórias nesse período, as águas cristalinas dos canais de Veneza na Itália foram também manchetes. E com diminuição da poluição temos o menor número também na propagação do vírus.
Embora tantas notícias que parecem que a terra está se curando e o impacto positivo da pandemia (o que chega ser irônico), não são o suficiente para nos salvarmos e nos livrarmos, do pânico de imaginar, o que de fato acontecerá com o mundo e com toda uma nação em alguns anos.
Não é de hoje que recebemos avisos e alertas em questão ao clima e toda a mudança que é prevista, que o planeta sofrerá com o aquecimento global, essas grandes transformações não são segredo. Espécies de animais serão extintas, o aumento nos níveis dos mares, por conta do derretimento dos dois Pólos do Globo, o que já vem ocorrendo. A ONU (Organização das Nações Unidas) alertou que o mundo precisa limitar o aumento da temperatura média global a menos de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. A produção de alimentos tende a cair, a lista de consequências que teremos que enfrentar, pelo o que nós mesmos causamos ao nosso planeta, é muito extensa.
Vincent Henri Peuch – Monitor da Atmosfera do programa Copernicus, afirma que:
“As lições aprendidas com esta crise vão ser muito importantes para repensar o problema da poluição do ar. Infelizmente as alterações climáticas existem e vão continuar a existir e isso não vai mudar com esta crise.”
Os 20 anos mais quentes foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que 2015 a 2018 ocuparam os quatro primeiros lugares deste Ranking, diz a OMM (Organização Meteorológica Mundial). Se essa tendência continuar, as temperaturas poderão subir entre 3°C e 5°C até 2100.
Então fica a pergunta: quantas crises deste tipo teremos que passar até entendermos que todo o tempo que levamos para intoxicar nosso planeta, com um esforço mútuo podemos reverter esse impacto, com um tempo hábil, e mais flexível, para ajudar e salvar as novas gerações. Claro, que não do dia para a noite. Não estamos percebendo, mas a vida útil do nosso planeta está acabando. E não vamos precisar que pandemias e ou doenças ameaçando toda uma nação apareçam com frequência para que possamos acordar e salvar nosso gigante que pede socorro, e não é de hoje!
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